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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Fenômeno das compras coletivas

Por Daniel Lima







Um trecho do slogan do Groupon, empresa líder mundial no seguimento de compras coletivas, afirma “a nova febre da Internet”. Será que é isso mesmo?  E o varejo tradicional, como fica? Será que está na hora de atualizarem alguns conceitos? Será que a prática do e-commerce, adotada por essas redes tradicionais, dará conta do “fenômeno” das compras coletivas?

São poucas as empresas que sobreviverão e que apenas as maiores se destacarão no meio de muitas que existem.  Será que há mercado para todos?

Muito se falava quando começou o “boom dos sites de relacionamentos” em meados de 2006. Orkut foi o precursor dessa onda que virou fato aqui no Brasil, e hoje detém mais de 90% dos usuários de redes sociais do país. Já nos EUA, as compras coletivas deixaram de ser tendência para virar concorrência. É claro que existem muitas empresas que trabalham para nichos diferentes, mas apenas sobreviverão aquelas cujas estratégias sejam mais inovadoras e eficientes.

Em muitos casos, a demanda é muito maior que a oferta e o buzz negativo é enorme. Não basta apenas ofertar um desconto, mas ter um planejamento eficaz para que não haja ruídos na transação.  As compras coletivas não acabam na hora do pagamento da oferta ou da liberação do cupom, mas sim no pós-venda, na hora em que o cliente usufruirá do serviço.

Empresas pequenas se "animam" com a nova ferramenta e acabam esquecendo o tamanho da sua capacidade. E, ao invés de obter mais lucros, acabam gerando prejuízos, que em muitos casos, podem até levar à falência.


Planejamento é a palavra: tenha um bom planejamento, que as chances de algo errado ocorrer são mínimas e podem ser sanadas sem maiores problemas.

Empresas pequenas, com planejamento precário, levam sérios problemas aos anunciantes, que são a principal fonte de renda dessas empresas. Muitas se comparam com lojas de varejo tradicional populares, onde a ordem é vender, não importando como. E que, por sinal, essas lojas hoje em dia não sobrevivem mais. Ganha quem oferecer a melhor assessoria ao cliente, ganha quem vender credibilidade e confiabilidade atreladas ao serviço.
Antes que alguém se assuste, compras coletivas não é um vilão, mas sim uma excelente ferramenta de marketing. Brasileiro adora as palavras “promoção”, “oferta” e “liquidação”, mas as empresas precisam saber explorar esse “plus” de maneira eficiente e eficaz. Criar um site de compras coletivas qualquer um pode, o que nem todo mundo conseguirá é manter a empresa com credibilidade e que se preocupe com o cliente. Mas não apenas se preocupar na hora de vender a oferta, mas também se atentar ao pós-venda.

Será que esse cliente ficou satisfeito? Se não, o que minha empresa poderá fazer para contornar a situação? Como garantir um ciclo perfeito, desde a hora da visualização da oferta, até a hora de consumi-la? Pois sabemos que essa oferta pode ser consumida, em média, em até 6 meses. Essas perguntas têm que estar inseridas na cabeça de quem administra essas empresas.

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