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terça-feira, 30 de novembro de 2010

O Consumidor Y

O NOVO CONSUMIDOR Y
Por: Daniel Lima

Com a consolidação das novas gerações, um novo perfil de consumidor está surgindo. Os jovens nascidos entre 1980 e 1990, chamados de Geração Y, correspondem a 14% do total da população brasileira, com aproximadamente 32 milhões de pessoas.

A forte presença das tecnologias nesta geração fez com que a classe C entrasse de forma extremamente significativa nos números de consumidores, que hoje representam 43% de toda a Geração Y. Semanalmente esses jovens gastam em média R$ 49,00, totalizando um gasto anual de mais de R$ 32 bilhões em roupas e acessórios, higiene e beleza e só por último em diversão. Apesar de todos estes números, em 76% dos casos os gastos são provenientes dos pais, e apenas 16% destes jovens trabalham e pagam seus próprios gastos.

Todos estes números também evidenciam um conflito de gerações. Primeiro vamos entender quem são elas: A primeira geração apresentada por vários especialistas de marketing são os Tradicionais, nascidos até o ano de 1945, provenientes de duas Grandes Guerras Mundiais e da Grande Depressão de 1929; os Baby-Boomers, os filhos do pós-guerra, nascidos entre 1946 e 1964; a geração X, os que já pensam na qualidade de vida, nascidos entre 1965 e 1979; geração Y, os que nasceram em meio a novas tecnologias, que nasceram na década de 80, entre os anos de 1980 e 1990; e a geração Z, os filhos da geração Y, nascidos entre 1990 e 2000.

Um dado muito interessante e curioso é que a geração Z prefere as opções de lazer onde os pais e familiares estão inseridos, ao contrário da geração Y que davam prioridade a sair com os amigos. Esses “consumidores Z” mudam facilmente de perfil de consumo, devido às inúmeras opções que hoje são ofertadas. Outro elemento importante é o surgimento das redes sociais, dentro dessa geração. Antigamente os pais se preocupavam bastante com os filhos, quando esses estavam na internet, devido à enorme facilidade de se consumar crimes na web. Mas devido à fácil “socialização” por meio destas novas ferramentas, os pais ficam mais aliviados vendo que seus filhos nascem em meio a uma filosofia de vida mais tolerante, muito diferente de sua época.

Segundo os jovens que responderam à pesquisa feita pela TNS (TNS Research International), apresentada durante o HSM Management, em São Paulo, recentemente, houve um aumento da tolerância e uma diminuição do preconceito por parte dessa nova geração Z. Os resultados apontam que 95% desses jovens alegam que idosos merecem respeito; 80% dos jovens têm amigos de outras raças; e 40% desses mantêm amizades com pessoas de outra opção sexual.

Novos hábitos de consumo

As empresas que atendem à esses jovens estão comemorando os altos números. Por exemplo: durante a pesquisa feita pela TNS os jovens informaram que dos objetos que possuem em casa, 81% são aparelhos celulares, contra 43% que alegaram ter computadores em casa. A popularização da internet em centros de acesso como lan-houses e cybercafé, e o aumento dos celulares com acesso à internet móvel, são um dos responsáveis por esses números.

Segundo Jorge Kodja, diretor da TNS, esses novos consumidores “são um alvo móvel”, por que as variações podem ocorrer a qualquer momento, basta apenas um apertar de um click no mouse, ou fechar e abrir outra página, e para atingi-los de fato é necessário um bom jogo de cintura e uma empatia com esses consumidores.

Ainda segundo Kodja, poderemos estar vivendo um conflito de gerações. Os mais velhos sentem uma grande inveja da liberdade e das facilidades dadas ás novas gerações, porém eles ainda não perceberam que por ser enorme a quantidade de informações recebidas pela geração Z, elas contêm pouco conteúdo relevante. E quem leva essa vantagem é a geração anterior, a geração Y, que consegue filtrar mais as informações por considerarem também as informações off-line.

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